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terça-feira, 30 de abril de 2013

Carros que marcaram a história. #2


VOLKSWAGEN SEDAN (FUSCA)



O primeiro Volkswagen brasileiro foi lançado em 1949, obedecendo, com poucas modificações, ao projeto de Ferdinand Porsche, lançado na Alemanha vinte anos antes.

A partir de 1950, o Fusca começou a ser vendido no Brasil. Chegando pelo porto de Santos, as trinta primeiras unidades foram logo vendidas (a família Matarazzo foi uma das primeiras a comprar). O carro vinha desmontado da Alemanha (ou em kits "CKD", "Completely Knocked Down"), e curiosamente não era montado pela Volkswagen, que ainda não havia se instalado no Brasil. A empresa responsável pela montagem era a Brasmotor (mesmo grupo dono da Brastemp, por exemplo). O modelo importado era o conhecido "Split Window", com vidro traseiro dividido em dois, modelo Export (havia o Standard, mais simples, nunca trazido para o Brasil).

Em 1953 o Fusca deixou de ser montado pela Brasmotor e a Volkswagen assumiu a montagem do carro no Brasil, com peças vindas da Alemanha. O modelo produzido já era o que tinha janela traseira única, oval. Em 1959 o Fusca passou a ser oficialmente produzido no país, embora parte das suas peças ainda fosse importada. A janela traseira aumentou de tamanho e passou a ser retangular neste modelo.


Em 1960 a fábrica alterou o volante. As maçanetas externas ganharam botão de acionamento e o estribo ganhou revestimento na cor do carro.

Em 1961 o carro passou a ter: caixa de marchas sincronizada, para resolver o problema das "arranhadas"; ganhou nova lanterna traseira de formato oval (versão que durou nos modelos até 1983) e o painel ganhou uma alça de segurança para o passageiro

Em 1962 o Fusca passou a ter chassi nacional, faróis com luzes assimétricas, gancho cabide e reservatório de fluido de freio de plástico. Em 1963 ganhou novo descanso de braço, lavador de para-brisas pneumático e janelas traseiras basculantes, além de amortecedor de direção. Em 1964 passou a vir com novo tanque de combustível.

1965 foi o ano do lançamento do Fusca com teto-solar, que ficou conhecido como "Cornowagen". Logo o acessório foi rejeitado e muitos proprietários, incomodados com o apelido (segundo rumores dado ao carro por um executivo da Ford), mandaram fechar o teto. Houve também mudanças nas lanternas que passaram a ser modelo "sorriso curto" e na luz de placa ficando mais larga.

Em 1966 houve mudanças na caixa de marcha e no distribuidor. Nesse ano, a Volkswagen assumiu o controle da Vemag, encerrando no ano seguinte as suas atividades.

Em 1967, a Volkswagen adotou um motor de 1.300 cc e 46cv no lugar do antigo 1200, de 36cv. Nas propagandas, apareciam os carros com uma cauda de tigre saindo da traseira em alusão a maior potência. O vidro traseiro ficou 20% maior e o acionamento da seta foi para a coluna de direção. Foi também o fim do sistema elétrico de 6 volts para a chegada do de 12V.
Vale notar que foi durante esta época que o Fusca sedimentou a Volkswagen no mercado nacional, permitindo o lançamento de vários derivados no mercado nacional, tais como o Vw 1600, o TL, a Variant, o Karmann Ghia TC, o SP2, a Variant II, o Brasília e o Gol.

Em 1969, novos bancos e espelhos retrovisores foram adicionados à linha. Em retrospecto, embora muitos falem que o Fusca de 1954 a 1969 só tenha mudado o vigia traseiro e o para-brisa, neste período foram feitas mais de 2.500 mudanças no motor e em outras partes do automóvel.

Em 1970 o Fusca 1300 teve duas versões, uma igual ao do ano anterior e outra que chegou no meio do ano, com alterações nos pará-choques (lâmina simples). Chegou também uma versão com o novo motor 1500 de 52cv. Ocorreram mudanças na tampa do motor, tampa do porta-malas e para-choques.O Fusca 1500 durou de 1970 até 1975.

Em 1973 foi abandonado o modelo de farol de perfil abaulado, sendo adotado o farol de perfil reto, que durou até o fim da linha. As fendas de ventilação do capô traseiro deixaram de ser cinco de cada lado, e passaram a ser dois grupos com oito e seis fendas de cada lado do capô.

A partir de 1974 o carro passou a contar com uma entrada de ar no caput dianteiro, que chegava ao interior do carro através do painel e saía por aberturas atrás dos vidros laterais traseiros, as populares "orelhinhas". Muitos pensam que sua função é ventilar o interior do carro quando, na verdade, é o inverso. As janelas laterais traseiras passam a ser fixas. Também são apresentados novos faróis e distribuidor à vácuo.

Em 1975 foi introduzido o "Bizorrão" ou "Super-Fuscão": o Fusca 1600-S. Essa versão contava com carburação dupla, desenvolvendo 65 cv SAE, volante de direção esportiva de três raios, rodas aro 14 (idênticas às da Brasília), painel com conta-giros, marcador de temperatura, relógio e amperímetro. Também tinha uma cobertura plástica na cor preta sobre a tampa traseira, que lembrava as asas de um besouro.

Em 1976 é lançada a versão 1.300-L. O perfil entre o quebra-vento e o vidro dianteiro deixa de ser cromado.

Em 1977, o Fusca apareceu com mudanças estruturais, comando do limpador de para-brisas na chave de seta e barra de direção retrátil, que protege o motorista em caso de choque frontal. Também ocorreu uma mudança no bocal do tanque, que passou para a lateral direita do carro.

Em 1978 O interruptor do pisca-alerta foi transferido para a coluna de direção e foi adotada uma chave única para portas, capô do motor e ignição.

No meio de 1979, houve uma alteração nos modelos 1300 L e 1600, as lanternas traseiras (capela) se tornam maiores e passam a ser chamadas "Fafá", em alusão aos grandes seios da cantora Fafá de Belém. O modelo de lanterna menor continuou a ser utilizado nas versões 1300.

Em 1981 foi lançado o Fusca 1300 com motor a álcool.

Em 1982 chegou um painel com relógios retangulares e a nova versão 1300 GL com "luxos" como rádio AM/FM, acendedor de cigarros, apoios de cabeça dianteiros, desembaçador do vidro traseiro, janelas traseiras basculantes, protetor de borracha nos para-choques, aquecimento e novo logotipo 1300 em branco com o GL em vermelho.

Em 1983, a empresa resolveu rebatizar o modelo no Brasil, adotando finalmente o nome que se tornara popular, Fusca. Até então o automóvel era oficialmente denominado "VW Sedan" nos registros dos Detrans. A lanterna modelo Fafá passou a ser padrão para este modelo único, fabricado somente com o motor 1300.

Em 1984 o motor 1300 deixou de ser produzido. Agora passa a equipá-lo o novo motor 1600, mais moderno, e o carro passa a contar também com freios a disco na dianteira, mais eficientes.

Em 1986 a Volkswagen desistiu de fabricá-lo alegando que era um modelo muito obsoleto, apesar de ser ainda um dos doze carros mais vendidos daquela época. Um dos motivos era a necessidade de abrir espaço em linha de montagem da fábrica de São Bernardo do Campo para o Santana e para o VW Fox, a ser exportado para os EUA.

Em 1993, por sugestão do então presidente Itamar Franco a empresa voltou a fabricar o modelo. Itamar queria a fabricação de carros populares e sugeriu que o Brasil precisava de um carro como o Fusca. Foi aprovada então a Lei do carro popular, que previa isenções de impostos para os carros com motor 1.0 e também para os que tivessem com refrigeração a ar, sendo assim e o Fusca e a Kombi, embora tivessem motores de 1.6l, foram incluídos. O carro vendeu muito menos que da meta esperada pela Volkswagen. A principal razão para que o Fusca não vendesse tão bem se deve ao fato de seu acabamento espartano demais diante dos concorrentes surgidos em meados da década de 1990, como o Fiat Uno Mille e Chevrolet Corsa de primeira geração, que tinham preços muito próximos do velho Besouro, porém, com acabamento e espaço interno melhores que os do Fusca. Em 1996, a empresa deixou de produzir novamente o carro, com uma série especial denominada Série Ouro. A partir daí, ele só seria produzido no México. Nesse segundo período, foram produzidos no Brasil cerca de 47.000 exemplares.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Carros que marcaram a história. #1


FORD CORCEL

Lançado inicialmente como um sedã 4 portas e a seguir como um coupé (em 1969), o carro foi bem aceito quando de sua estréia em 1968.O espaço interno e o acabamento chamavam a atenção, e as inovações mecânicas eram muitas, bem mais do que o seu concorrente direto, o VW 1600.

O Corcel estabeleceu um novo padrão para carros pequenos e médios nacionais: era silencioso, econômico e com nível de conforto surpreendente. Na parte mecânica, o motor 1.3 - mais precisamente 1289 cc - tinha o sistema de radiador selado, uma novidade na época: o aditivo era misturado à água em um recipiente de vidro. Até então, os carros com radiador convencional exigiam constantes reposições da água evaporada. Tração dianteira já não era uma novidade para os brasileiros, que a conheciam dos DKW Vemag.

Um ano depois do lançamento do compacto Corcel, em 1969 a Ford percebeu a oportunidade de ampliar a família e se aproximar do público que sonhava com mais esportividade.O primeiro Corcel GT sim, era mais aparência do que esportividade (teto revestido em vinil e uma faixa no centro do capô e uma na lateral) o motor era o quatro cilindros de 1,3 litro com carburador Solex de corpo duplo; novos coletores de admissão e escape elevavam só a potência do 1,3 litro de 68 para 80 CV, um aumento de 12 CV para aumentar o ânimo da tropa, a aceleração e a velocidade máxima aumentaram um pouco, 0 a 100 km/h era feito em 18 segundos, com 138,53 km/h, em testes de época nas mãos do piloto Emerson Fittipaldi em interlagos este mesmo corcel atingiu velocidades superiores a 142 km/h, isso dependia da perícia do piloto e do acerto do motor (carburador bem regulado com uma mistura mais rica, e uma boa regulagem das valvulas) isso já era o bastante para fazer o corcel andar bem. O motor mais potente só viria no final de 1971, era o 1,4 litro de 85 CV que já era mais esperto na estrada e fazia ultrapassagens em quarta.

A fábrica fez algumas alterações na aparência geral do carro em 1973, deixando-o um pouco parecido com o Ford Maverick. Os motores passaram a ser o 1.4 usado na linha GT, conhecido como motor XP. Em 1975 o design
 era novamente retocado, aumentando a semelhança com o Maverick, sobretudo na traseira. Um novo componente se adicionava a família, o LDO, com acabamento interno luxuoso e teto revestido de vinil.
Até 1977, este modelo foi recebendo retoques no acabamento, conservando entretanto a mesma aparência, até o lançamento da linha 1978 - era o Corcel II, basicamente com a mesma mecânica porém com uma carroceria totalmente remodelada, que em nada lembrava o modelo anterior.

Em 1985, ganhou a frente do Del Rey (lançado em 1981 e ao qual deu origem - ver reportagem da revista Quatro Rodas de junho de 1981 que cobria o lançamento do Del Rey, sob o título A FORD APOSTA NO REQUINTE) e alguns retoques estilísticos, além de perder a expressão "II" do nome. Este modelo existiu até o ano de 1986, quando foi encerrada sua produção.


O último remanescente da linha, o Pampa, só chegaria ao fim em 1996. Fabricada nas versões normais L e GL, na sofisticada Ghia e na especial 1.8 S, de 1991, sempre foi líder de vendas no segmento. Com sua descontinuação, passava à história uma linha diversificada e de sucesso, que entre as várias configurações atendeu a um público fiel por quase três décadas.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Os 10 carros mais rápidos do mundo.



- Bugatty veyron 

Preço: US$ 1,5 milhão
Velocidade máxima: 437 km/h
Aceleração: de 0 a 96 km/h em 2,5s
Cavalos: 1.001


Bugatti Veyron é um super esportivo da Bugatti conhecido por alcançar 437,16km/h e ser o segundo carro de rua mais rápido do mundo. Porém, o Veyron permanece como o carro de rua mais rápido do mundo sem modificações feitas após a fabricação.



2 - SSC ULTIMATE AERO

Preço: US$ 654,4 mil
Velocidade máxima: 414 km/h
Aceleração: de 0 a 96 km em 2,7s
Cavalos: 1.183








3 - KOENIGSEGG CCX
Preço: US$ 695 mil
Velocidade máxima: 400 km/h
Aceleração: de 0 a 96 km em 3,2s
Cavalos: 806


Koenigsegg CCX é um coupé superesportivo da marca sueca Koenigsegg. O CCX foi criado para cumprir com o regulamento dos Estados Unidos e das exigências do mercado. E é o sucessor do CCR que é o 3º carro mais rápido do mundo.


4 - SALEEN S7 TWIN TURBO
Preço: US$ 555 mil
Velocidade máxima: 400 km/h
Aceleração: de a 0 a 96 km em 3,2s
Cavalos: 750


O Saleen S7 é um coupé super desportivo da Saleen. Apresentado oficialmente em 2000, ao publico norte americano, como o carro mais potente do país, com um motor V8 de 550 hp (557cv) e velocidade máxima de 322 km/h. Mostrou que possuía uma aerodinâmica respeitável com um CX inferior a 0,30 , podendo "correr" de cabeça para baixo a partir de 260 km/h


5 –  LAMBORGHINI MURCIÉLAGO LP64
Preço: US$ 430 mil
Velocidade máxima: 343 km/h
Aceleração: de 0 a 96 km em 3,3s
Cavalos: 660

Murciélago é o modelo desportivo que foi apresentado pela Lamborghini em 2001 como linha 2002 em substituição do famoso Lamborghini Diablo. Sua carroceria é quase toda feita de fibra de carbono, que serve para aliviar o peso, e possui rodas de 18 polegadas com pneus de perfil baixíssimo. Cada cavalo do motor carrega apenas 2,6 kg. Capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 3,4 segundos, conforme dados das respectivas fabricantes. 

6 – SPYKER C8 DOUBLE 12 S


Preço: US$ 325,5 mil
Velocidade máxima: 346 km/h
Aceleração: de 0 a 96 km em 3,5s
Cavalos: 400


C8 Spyder é o modelo original com um motor V8 4.2, fornecido pela Audi, tendo 400 cv e velocidade máxima de 300km/h. O C8 Spyder T tem um motor Audi 4,2 l V8 biturbo mais potente, com 525 cv, dando-lhe uma velocidade máxima de 320km/h.


7 – PAGANI ZONDA F

Preço: US$ 741 mil
Velocidade máxima: 346 km/h
Aceleração: de 0 a 96 km em 3,5s
Cavalos: 549


Zonda é um modelo superesportivo da Pagani Automobili. Em 2005 foi apresentada a versão F, conversível. Ele usa motor V12 central de 7.3 litros da AMG e a tração traseira é regulada por câmbio manual de seis velocidades. São 650 cv e 75 mkgf detorque para que ele saia de 0 e chegue em 96 km/h em 3,4 segundos, menos de um terço dos 342 km/h que ele alcança.

8BRISTOL FIGHTER T

Preço: US$ 700 mil
Velocidade máxima: 362 km/h
Aceleração: de 0 a 96 km em 3,5s
Cavalos: 1.012








9 SILVA GT3

Preço: US$ 75 mil
Velocidade máxima: 330 km/h
Aceleração: de 0 a 96 km/h em 3,7s
Cavalos: 530






10 - MCLAREN MERCEDES SLR

Preço: US$ 497,7 mil
Velocidade máxima: 331 km/h
Aceleração: de 0 a 96 km em 3,8s
Cavalos: 617

Classe SLR McLaren é um dos modelos superesportivos da Mercedes-Benz, equipado com motor V8 que o leva à máxima de 384,76 km/h e a ter uma aceleração de 0 a 100 km/h em 3,2 segundos. Utiliza um compressor McLaren. A mecânica não é especialmente moderna: tem apenas três válvulas por cilindro. O seu grande trunfo tecnológico é o chassis construído manualmente, em fibra de carbono. Sua produção começou em 2003, chamado de R/C199. É 10° carro de série mais rápido do mundo. 

























quarta-feira, 24 de abril de 2013

A história dos primeiros carros do Brasil.


O Brasil é um dos primeiros países do mundo a conhecer um protótipo do automóvel. Em 1871, antes de Amédée Bollée, na França, dedicar-se à fabricação de veículos, a Bahia recebia um carro que se auto-movia.
A Bahia tem, entre outras, duas primazias: foi a primeira capital do Brasil e ganhou o primeiro automóvel brasileiro. 
A cidade de Salvador era uma cidade importante, rica e “chique” que é como se dizia na época. As famílias mais destacadas usavam a cadeira de arruar ou os corcéis, que eram tratados com carinho especial – quando o Sr. Francisco Antonio Pereira Rocha importou seu “automóvel”.
Eis como era o monstro: uma máquina enorme, pesada e barulhenta, parecia com os atuais rolos compres


sores de pavimentação, mas com uma quinta roda na frente, responsável pela sua direção. Era movido a vapor e estava ligado a um carro destinado a acomodar os passageiros, que, na sua roupa mais elegante, levantavam a cabeça, soberbos do progresso de sua viatura.
O carro rodou por Salvador, para espanto do povo que enchia as ruas para ver a novidade. Um dia alguém desafiou o Dr. Rocha, dizendo que aquele monstrengo só andava no plano. Queria ver se subia ladeira.
O homem pulou na defesa de seu automóvel. O outro teimou. Então foi fechada uma aposta: iria à praça do Mercado, subiria a Ladeira da Conceição da Praia e chegaria à Praça do Palácio.
A notícia correu célere. Todo mundo tomou conhecimento da aposta, e muitas apostas mais surgiram, uns defendo o carro do Dr. Rocha, outros achando que ele, tão pesado e sem nada que o puxasse, não aguentaria a ladeira.
No dia combinado, o Dr. Rocha montou no veículo. O povo comprimia-se ao redor do monstrengo. O bicho resfolegou e começou a andar. Encaminhou-se para a Ladeira. Um momento de ‘suspense”. Parece que o bicharoco nem deu pela mudança de nível: foi subindo vagarosa mas firmemente. Quando despontou na Praça do Palácio, o povo que estava nas janelas e enchia a rua, prorrompeu em aplausos.
O Dr. Rocha ganhou a aposta e muita popularidade. Não se falou noutra coisa durante muito tempo.
Umas das coisas que mais impressionaram o baiano, no caso do automóvel primitivo, foi o fato de ele ter as rodas cobertas de borracha. Tanto assim que logo surgiu uma quadrinha popular, que ficou no folclore baiano muito tempo. Dizia ela:
“Havemos de ver dos dois
O que aperta ou afrouxa:
Do Lacerda o “parafuso”
Ou a “borracha” do Rocha

O parafuso do Lacerda é o ascensor da época ligando a Cidade Baixa à Cidade Alta. A borracha do Rocha é o primeiro automóvel de rodas de borracha, do Dr. Francisco Antonio Pereira Rocha.
O fim da primeira excursão do carro brasileiro foi melancólico: de volta de uma excursão ao Rio Vermelho, à margem do Dique, partiu-se uma peça do veículo.
Os passageiros não tiveram outro recurso senão voltar de trole: vieram para a cidade num dos troles da “Trilhos Centrais”.
Segundo algumas informações, não confirmadas, o automóvel a vapor do Dr. Rocha teria ido ao Rio Grande do Sul.
Se isso é verdadeiro, foi a velha caranguejola arrancar mais aplausos e espantos. Agora nos pampas.






O primeiro automóvel que circulou em Minas pertenceu ao Sr. João Pinheiro. Fazia o trajeto entre Caeté e Sabará – perto do antigo Curral d’el Rei, onde se riscavam as ruas da nova cidade, nascida Capital e que se chamou Belo Horizonte.
O trecho Caeté-Sabará, foi, também, a primeira estrada rodoviária de Minas Gerais – construída pelo próprio João Pinheiro exclusivamente para passar o seu automóvel.
A data desse evento não é segura: enquanto alguns dão 1902, o engenheiro Odilon Dias Pereira afirma ter sido em 1905.
Uma coisa é certa: a estrada não foi construída por capricho, nem o automóvel foi comprado para gozo pessoal. João Pinheiro adquiriu o carro e fez a estrada para transportar as produções da Cerâmica Nacional, de Caeté, para Sabará.
A distância entre Caeté e Sabará era de 20 quilômetros e o automóvel de João Pinheiro cobria o percurso em quatro horas, fazendo uma média de 5km por hora!



Pesquisar a história dos automóveis é muito interessante, mas quando descobrimos a história dos automóveis no Brasil é melhor ainda. Notório antigomobilista maranhense, Fernando Silva vive às voltas com a história dos automóveis, de sua cidade São Luis e do estado do Maranhão. Fernando nos enviou o texto digitalizado da obra em sua 3ª. edição assinada pelo jurista, escritor, membro e ex-presidente da AML Dr. Jomar Moraes do ‘Dicionário-Histórico Geográfico da Província do Maranhão’ tendo como autor original da obra Dr. Cesar Augusto Marques, doutor em medicina, professor de matemática e membro Instituto Histórico Geográfico e Etnográfico do Brasil, já falecido. Rendemos as nossas homenagens a estes senhores que preservam a história.

Obra: ‘Dicionário-Histórico Geográfico da Província do Maranhão’
Lançamento da 3ª. Edição: Dia 05 de maio de 2009 na Academia Maranhense de Letras
Imagens digitalizadas: Fernando Silva (acervo pessoal)

Abaixo o texto transcrito:
‘O automóvel foi introduzido no Maranhão em 1905, graças ao comerciante e industrial Joaquim Moreira Alves dos Santos, maranhense de espírito progressista, a quem a nossa terra natal deve outras iniciativas muito úteis. Naquele ano ela mandou buscar um automóvel Phaeton, de 4 lugares, do fabricante inglês Speedwel , equipado com motor francês De Dion Bouton, monocilíndrico e para gasolina. O carro chegou a São Luis em novembro. Mais tarde vieram dois outros automóveis, um dos quais para este mesmo maranhense e outro para nosso conterrâneo comerciante José da Cunha Santos Guimarães. Ainda do primeiro decênio do séc. XX é o aparecimento do primeiro auto-ônibus para passageiros, iniciativa de uma empresa organizada pelo primeiro desses maranhenses.’



Os primeiros carros que aqui chegaram eram conduzidos por leigos que, por iniciativa própria, puxando esta alavanca, empurrando aquele pedal, mexendo aqui, fuçando ali – conseguiram por o veículo em movimento e levá-lo pelas acanhadas ruas do Rio.
O motorista habilitado só apareceu em 1906 – embora o decreto nº 858, de 15 de abril de 1902, exigisse exame de condutores de automóveis.





A primeira comissão examinadora de candidatos a condutores de veículos era constituída de engenheiros da Prefeitura. Os que lavraram os primeiros termos de habilitação de motoristas cariocas foram os Drs. Afonso de Carvalho, Aníbal Bevilacqua e Arthur Miranda Ribeiro.O primeiro exame para motorista foi realizado no dia 08 de janeiro de 1906. Foram aprovados os seguintes examinados: Manuel Borges (Panhard & Levassor); Ernani Borges (Decauville); Francisco Leite de Bettencourt Sampaio Jr. (Darracq); Carlos Inglez de Souza (Darracq) e José de Almeida.No dia 19 de janeiro, houve mais três “diplomados”: Engenheiro José Augusto Pereira Preste; João Vasques Martins e Honório Guimarães Moniz.A 7 de fevereiro seguinte houve novo exame. Ficaram habilitados: João Vieira da Silva Borges e Felisberto Caldeira.É interessante frisar que Felisberto Caldeira foi cocheiro dos carros dos presidentes Campos Salles e Rodrigues Alves e o primeiro “chaffeur” do Palácio do Catete.Daí por diante os exames se sucediam habitualmente duas vezes por mês.Pouco a pouco o Rio foi tendo motoristas, amadores e profissionais, habilitados pela seção competente da prefeitura.



A primeira corrida oficial de automóvel da América do Sul realizou-se em São Paulo, em 26 de julho de 1908, entre São Paulo e Itapecerica, num percurso de 80 quilômetros.
Não houve acidentes, apesar da poeira e do terreno áspero e acidentado. O vencedor foi o desportista Dr. Silvio Penteado, com seu Fiat de 40HP. Em Santo Amaro, o carioca Gastão de Almeida leva 5 minutos de vantagem sobre os outros competidores da categoria D. Mas o reservatório de óleo do seu Dietrich-Lorraine cai a seis quilômetros da chegada. Então, Silvio Álvares Penteado o ultrapassa e consegue chegar em primeiro lugar, sob um tempestade de aplausos.
Eis o percurso: do Parque Antártica, em São Paulo, até Itapecerica os carros tinham que atravessar a Consolação, Av. Paulista, Arco Verde, Pinheiros, Botequim, Pirajussura, M. Boi passando por fora de Itapecerica, e voltando por M. Boi Mirim, Santo Amaro e indo sair na Av. Paulista.


Jogo do momento!

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